Segundo a direcção da Caixa Social do MININT, desde 2022 foram assumidos desafios de reorganizar os processos e proceder à revisão dos procedimentos, tendo sido descortinadas as debilidades, quer na qualidade dos técnicos na análise documental, quer na qualidade de infra-estruturas tecnológicas de suporte, para o processamento das inspecções em tempo real.
O Novo Jornal sabe que várias são as reclamações de familiares, que após a morte dos seus parentes encontram inúmeras dificuldades para receber a pensão, outras acabaram mesmo por não receber.
Sandra Castro Paiva, directora da Caixa Social do MININT, afirmou que a existência de inúmeras reclamações levou a instituição a rever todos os processos e metodologias de trabalho, tendo culminado com uma profunda reforma que levou à criação de duas áreas, de inspecção e auditoria, e outra de atendimento ao público.
"Na área de atendimento ao público, os efeitos imediatos permitiram a suspensão de 2.800 processos, sem requisitos mínimos, assim como a extinção de mais 700 processos entre outras situações que resultaram em avultados prejuízos para o sistema", informou a directora, esta quinta-feira, durante o VI Conselho Consultivo da Caixa de Protecção Social.
Segundo Sandra Castro Paiva, actualmente a Caixa controla mais 18 mil pensionistas, dos quais 10.500 processos de reforma, e 7.700 de sobrevivência.
Conforme esta responsável, no ano passado foi possível dar tratamento a mais de 1.700 processos, que se encontravam pendentes desde 2015, para atribuição de pensão de sobrevivência e subsídio por morte.
Por sua vez, o ministro do Interior, Manuel Homem, disse no encontro que está em curso em todo o País a realização da prova de vida, que prevê cadastrar mais de 18.000 pensionistas, dos quais 10.497 para pensão de reforma e 7.691 para pensão de sobrevivência.
Manuel Homem avançou que os trabalhos devem ser feitos com muito rigor e responsabilidade, para evitar situações indecorosas que em nada dignificam a imagem da Caixa Social do MININT.