Para o SJA, na perspectiva da regulação, o Estado é agora o árbitro e o jogador em simultâneo, no sector da comunicação social, o que considera errado.
"Defendemos que se atribuam poderes à Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana para poder licenciar órgãos de comunicação social e de sancionar quando estes órgãos violarem a legislação. É assim em todas as democracias", disse esta segunda-feira,28, o secretário-geral do SJA, Teixeira Cândido (na foto), durante as celebrações dos 30 anos do sindicato.
Segundo Teixeira Cândido, a ERCA tem apenas o papel de recomendar porque não tem poderes para ser uma verdadeira entidade reguladora da comunicação social.
Conforme o líder do sindicato dos jornalistas, a recomendação não é um acto de poder regulador.
"Quem tem poder de regulação consegue impor uma sanção. Isso a ERCA não tem", assegurou.
Questionado sobre qual deve ser o papel dos jornalistas em época de eleições, Teixeira Cândido defendeu que o papel do jornalista deve ser o mesmo de sempre, "o de fazer cumprir com o código de ética e deontologia profissional", lamentando o facto de os órgãos de comunicação sociais públicos terem uma postura diferente dos demais órgãos privados.
Durante as celebrações do 30.º aniversário do sindicato, vários participantes defenderam que a classe deve continuar a lutar para ser respeitada assim como fazer com que os seus direitos prevaleçam.
Para celebrar as comemorações, o SJA atribuiu distinções a 29 jornalistas, entre os quais o antigo jornalista da Rádio Ecclésia Salgueiro Vicente, a título póstumo, e ao jornalista do Novo Jornal Álvaro Victória, actual chefe de redacção deste semanário.
O único media agraciado, enquanto título, foi o Novo Jornal, "pelo seu empenho em prol da promoção da liberdade de imprensa".