De acordo com o inspector da ANIESA, Epifânio Joaquim, as fábricas não reúnem requisitos recomendáveis, como matérias-primas dentro do prazo de validade e qualidade de fabricação confirmadas pelos laboratórios.

Epifânio Joaquim explica que as fábricas que foram fechadas esta segunda-feira produziam whisky de marca Casa Velha, Twalis Simba, Simba Patys e Stark.

O inspector da ANIESA disse ainda que os proprietários dos estabelecimentos fabricavam as bebidas com produtos expirados há mais de seis anos, colocando em risco a vida dos consumidores.

Durante a inspecção realizada nas fábricas foram apreendidas grandes quantidades de whisky que não ofereciam condições para serem consumidos.

A este problema, como o demonstra um trabalho do jornal Expansão publicado há duas semanas, a proliferação dos "pacotinhos" arrasta igualmente um problema de crescente adição alcoólica e problemas crescentes de saúde.

O jornal identificou em Luanda cerca de 18 marcas de whisky disponíveis em "pacotinho" que são comercializados no valor de 50 kwanzas, sendo vendidos literalmente aos milhares todos os dias.

Bastante mais barato e com maior teor alcoólico os pacotinhos acabaram por se sobrepor na preferência dos luandenses a outras bebidas, mais caras, como a cerveja.

De acordo o Jornal Expansão, o negócio proporciona aos vendedores milhões de kwanzas, mas poderá trazer um enorme problema de saúde pública devido ao fulgurante crescimento do alcoolismo, especialmente entre os mais novos.