A iniciativa conjunta visa reduzir a mortalidade relacionada com a cólera em 75% nas províncias mais afectadas nos próximos quatro meses, através de acções de emergência dirigidas a mais de 500 mil pessoas em todo o país, com especial incidência nas crianças, idosos e pessoas com deficiência
"Travar a propagação: acelerar as intervenções contra a cólera que salvam vidas em Angola" é o nome do projecto que "inclui intervenções cruciais nos domínios da saúde, da água, saneamento e higiene (WASH), e que conta com o apoio financeiro da União Europeia, no valor de 1 milhão de euros", dizem ambas as organizações em comunicado.
Angola está actualmente a braços com uma das mais graves epidemias de cólera das últimas décadas. Até 21 de Maio, foram registados mais de 21 000 casos e quase 700 mortes em 18 das 21 províncias do país.
Segundo o comunicado, a taxa de mortalidade é de 3,7%, "ultrapassando o limiar de emergência da OMS de 1%.
O plano de acção conjunto integra iniciativas que incluem o estabelecimento de pontos de re-hidratação oral e de centros de tratamento da cólera; formação de profissionais de saúde e de voluntários comunitários; expansão do processo de cloração da água e da promoção da higiene nas zonas afectadas.
Inclui igualmente o reforço da capacidade de vigilância e diagnóstico das doenças; o apoio à implementação de uma campanha de vacinação reactiva contra a cólera; e o envolvimento das comunidades, com voluntários a facilitar diálogos sobre comportamentos de protecção e a distribuir kits de prevenção da cólera às famílias.
"O acordo ora assinado está alinhado com o Plano Nacional de Prevenção e Controlo da Cólera de Angola e afigura-se como um investimento crucial na futura segurança sanitária do país", refere o comunicado.