João Lourenço, que hoje esteve no centro de vacinação Paz Flor, em Luanda, onde lhe foi, em conjunto com a primeira-dama, Ana Dias Lourenço, administrada a primeira dose da vacina russa Sputnik V, lembrou que, para que todos possam ser vacinados, é essencial que os países mais desenvolvidos assumam a responsabilidade de tornar acessível a imunização de todos, "sejam ricos ou pobres" porque "sozinho ninguém se salva".
Uma das soluções apontadas pelo Presidente João Lourenço é a urgência de tornar as vacinas existentes no mercado "mais baratas", independentemente de isso surgir da abertura das patentes das vacinas ou não.
Para o Chefe de Estado, o mais importante é garantir "um acesso igualitário" às vacinas, onde quer que seja e independentemente do seu estado de desenvolvimento, porque "é preciso atender a todo o planeta".
Lembrou que actualmente existe uma fraca capacidade de oferta de vacinas e que essa capacidade de produção tem de aumentar, sem ignorar que "só com vacinas a preços acessíveis é que se pode garantir que estas chegam a todos".
Insistiu ainda que "os países africanos não tem, actualmente, capacidade, para garantir a vacinação generalizada com as vacinas aos preços actuais".
Deixou ainda a garantia de que Angola vai manter o esforço financeiro para comprar mais vacinas de forma a alargar a campanha a uma mais larga faixa da população, admitindo que as que foram adquiridas até aqui, as 6 milhões de doses da Sputnik, não são suficientes.
E recordou que o País já recebeu 624 mil doses da anglo-sueca AstraZeneca, através do mecanismo Covax, e ainda 200 mil doses da chinesa Sinopharm, oferecidas por Pequim.
No entanto, deixou claro que Angola não vai poder contar apenas com as vacinas oferecidas, antecipando mais compras, "independentemente da marca", sob a ideia de que o que importa é vacinar o maior número possível de pessoas.
Como o Novo Jornal noticiou, o País deu, na quarta-feira, início à imunização através da russa Sputnik V.
A vacina da Sinopharm já está a ser administrada e a da AstraZeneca foi interrompida para novas doses, estando agora a ser administrada a segunda dose.