A procura de alimentos leva à mendicidade crianças e adultos pelas artérias das cidades. A fome e a penúria, agravadas pelo elevado custo de vida nos últimos tempos, levam a que várias famílias tenham os contentores de lixo como fonte de alimentação e de sustento. Para além da comida, alguns vasculham por objectos de metal ou de plásticos recicláveis para a venda.

"Filha, a vida está muito difícil. A solução para remediar a fome é andar pelas praias e ruas a apanhar plásticos, papelão e latas, para conseguir um pouco de dinheiro para comprar comida". É dessa forma que começa a conversa com Isabel Joveta. Ladeada por um grupo de mulheres na Praia do Bispo, que organizavam garrafas de plásticos apanhadas para a comercialização, conta que ingressou no negócio há quatro anos, devido aos apertos da vida.

Até 2020, Isabel era comerciante, vendia peixe de Luanda para outros pontos do País, como Kwanza-Sul e Malanje. Em 2019, o azar bateu à sua porta quando o marido, que era funcionário público, ficou inválido após uma trombose que o levou à morte em 2023. De lá para cá, as condições de vida tornaram-se precárias.

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