As declarações foram avançadas pela porta-voz do Instituto Nacional da Criança (INAC), Rosalina Domingos, quando afirmou que o Serviço de denúncia SOS recebeu um total de 410 queixas de violência contra crianças.

Os casos foram registados nas províncias de Cabinda, Cunene, Huambo, Huila, Lunda-Norte, Malanje, Benguela, Luanda, Namibe, Bié, Kwanza-Norte Lunda-Sul e Kuando Kubango.

Das ocorrências recebidas 165 foram de fuga à paternidade, 46 de exploração de trabalho infantil, 14 de abuso sexual, oito de abandono de crianças e duas acusações de práticas de feitiçaria.

No município de Viana, em Luanda, duas menores, de 10 e 14 anos, foram espancadas pelo próprio pai que lhes chamava feiticeiras. De acordo com a denúncia, trata-se de uma prática recorrente, tendo o caso sido encaminhado para as autoridades policiais.

Na província de Benguela, município da Baia farta, uma adolescente de 13 anos foi abusada sexualmente pelo pai, de 38 anos, que se aproveitou da ausência da mulher na casa para consumar o acto. A menina encontra-se sob cuidados medidos e o agressor foi detido.

Em caso de violência contra a criança, o INAC apela às populações que denunciem através do 15015 ou no site "portaldacriança.gov.ao".