Os largos das Heroínas e da Independência, localizados no "coração" da cidade capital, na Avenida Ho-Chi-Min, há cinco minutos do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro - monumentos históricos que valorizam a bravura do povo angolano na luta pela libertação nacional e pela conquista da independência -, deixaram, há muito, de beneficiar de obras de manutenção e limpeza, encontrando-se em estado avançado de degradação.

Lixo, repuxos sem água, arbustos desarranjados, relvas e capim secos, sistema de electricidade danificado e cheiro nauseabundo revelam o estado de abandono em que se encontram os largos que já foram palcos de eventos presidenciais e locais de lazer preferidos por várias famílias.

Ao Novo Jornal, vários luandenses, sobretudo casais jovens que procuravam por um lugar para passar a tarde do 14 de Fevereiro, Dia dos Namorados, demonstraram o descontentamento com o estado actual dos monumentos históricos, cujas últimas manutenções, feitas há dois anos, custaram mais de 10 milhões de kwanzas ao Estado.

"Hoje já não temos os largos como antigamente. Parece-nos que o Executivo perdeu o controlo da província. Há lixo por todo o lado, capim no centro da cidade, lâmpadas vandalizadas, o que fica difícil entender o trabalho dos nossos governantes", referiu Elson Adriano, um dos cidadãos ouvidos por este semanário, que defende a "manutenção urgente dos espaços".

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