Esta quinta-feira, 03, os docentes das universidades públicas regressaram às aulas nas suas instituições, deixando os estudantes satisfeitos.
Eduardo Peres Alberto do SINPES anunciou que o regresso às aulas foi uma deliberação dos professores em assembleia aprovada com 47 votos a favor e 13 contra, mas salienta que as negociações vão continuar.
O Movimento de Estudantes Angolanos (MEA), através dos seus núcleos nas províncias, confirmou ao Novo Jornal que efectivamente os professores compareceram nas salas de aula esta quinta-feira, como prometeram.
Quem também confirmou a presença dos docentes nas respectivas salas foram as associações dos estudantes das faculdades de Ciência Social, Medicina, Engenharia e de Economia da UAN.
Fernando Oliveira, estudante da Faculdade de Direito, contou ao Novo Jornal que o clima de greve hoje já não se fez sentir.
"Os professores, felizmente hoje apareceram e deram aulas. Já não há greve! Mas infelizmente fomos nós que ficámos prejudicados porque, agora, temos de acelerar para nos enquadrarmos no programa dos professores".
Eduardo Peres Alberto referiu que a deliberação dos trabalhadores será levada à entidade patronal, bem como à Assembleia Nacional e ao Presidente da República.
"Estamos animados pelos fundamentos apresentados pelos professores, que conhecem bem a sua missão, e esperamos que o Governo desta vez resolva" disse o secretário-geral do SINPES, realçando que os professores não são apologistas da greve.
O secretário-geral afirmou que, ao contrário do que é afirmado, o sindicato não defende apenas melhoria salarial, mas também infraestruturas condignas, fundos para a investigação e formação contínua.
"O salário condigno é fundamental para dignificar a vida do professor, tudo vai depender da boa vontade do titular do poder executivo, mas nós vamos depositar um voto de confiança no Presidente da República", realçou.