Estes sapadores, chamados a comparecer junto da Polícia Judiciária Militar (PJM), no mês de Setembro, logo após a partilha do vídeo, foram constituídos arguidos pela Procuradoria-Militar.
Segundo uma fonte do Tribunal Militar da Região de Luanda, as FAA, assim como qualquer estrutura militar, regem-se por normas e disciplina, não permitindo indisciplina nem insubordinação.
Conforme a fonte, estes militares vão ser julgados nos próximos dias por má conduta nas redes sociais.
No vídeo, os militares manifestam-se profundamente entristecidos e criticam inclusive o Comandante-em-Chefe das FAA, o Presidente da República, por permitir que antigos combatentes sejam submetidos à desmobilização sem qualquer suporte social adequado.
No mesmo vídeo, os militares exibiam um manual dos pontos que já desminaram no País, e ameaçavam dois ex-comandantes da Casa Militar, caso não sejam indemnizados até ao próximo mês de Dezembro.
Conforme o vídeo, os militares afirmam que não irão aceitar ir para o Centro Nacional de Desminagem sem serem devidamente indemnizados, e caso tal não aconteça, sairão às ruas.
Estes militares consideram a transferência para a CND inadequada e perguntam porque é que a escolha recaiu sobre eles e não sobre os demais militares do exército.
Entre as várias questões apresentada no vídeo, onde os militares aparecem fardados e formados no interior de uma unidade militar, estes sapadores falam de alegados salários não bancarizados.
Entretanto, a fonte militar assegurou ao Novo Jornal, que a conduta destes militares sapadores constituiu crime, que a FAA não tolera.
Importa lembrar que em Junho do ano passado, as FAA julgaram e expulsaram 50 militares por indisciplina nas redes sociais.