A sentença dos arguidos acontece uma semana depois de o tribunal dar inicio ao julgamento dos acusados, que acontece em Saurimo sob fortes medidas de segurança.
Dos 200 cidadãos, 172 estão em prisão preventiva deste Outubro, e 28, na sua maioria idosos, encontram-se em liberdade sob termo de identidade e residência.
O processo de instrução preparatória teve a duração de três meses e o Ministério Público (MP) assegura que há indícios bastantes para que os arguidos sejam condenados.
Os arguidos são acusados dos crimes de associação criminosa, ofensas simples, danos materiais, participação em motim, rebelião e desobediência.
Conforme a acusação, o grupo era composto por homens, mulheres e várias crianças de ambos os sexos, que se concentraram no bairro de Candembe, por volta das 05:30 de 08 de Outubro, e iniciaram uma caminhada que tinha como destino o centro da cidade, no sentido de manifestarem a sua insatisfação com os problemas sociais e económicos que a província tem vivido.
Após os efectivos da polícia se aperceberem da movimentação naquela zona, prossegue a acusação, dirigiram-se ao local para interpelar os munícipes, mas estes não aceitaram parar e surgiram os confrontos com as forças policiais que reagiram igualmente aos ataques, fazendo recurso a gás lacrimogéneo, balas de salva e bastões de borracha.
Diante da confusão que se instalou, refere o MP, não houve relatos de mortes nem de feridos, mas sim a detenção dos 200 arguidos com as idades compreendidas entres os 19 e os 78 anos.