De acordo com o porta-voz do gabinete de comunicação institucional e imprensa do SIC, Manuel Halaiwa, "o grupo de chineses, já detido, que desenvolvia esta actividade em Angola, fazia recuso à energia da rede pública e foi efectuado um processo investigativo do caso para se apurar se de facto os chineses furtaram a energia ou alguém da ENDE facilitou a entrega dos materiais aos envolvidos".
Em declarações ao Novo Jornal nesta terça-feira, o porta-voz do SIC disse que "em Luanda, nos municípios de Viana e Belas, em cada estabelecimento, os homens tinham como fonte de energia eléctrica 12 cabines, situação que leva o SIC a desconfiar e a investigar como ocorreu o processo de aquisição destes equipamentos".
Já no Kwanza-Norte, como o Novo jornal noticiou na sexta-feira, 3, os cidadãos de nacionalidade chinesa recorriam à energia de dois Postos de Transformação (PT) da rede pública, onde estavam ligados sete computadores.
O elevado custo provocado pelo consumo de energia desta actividade não passa despercebido, o que levou o SIC a investigar a ENDE, a fim de descobrir se realmente a energia foi furtada ou se há mais pessoas envolvidas neste esquema.
Manuel Halaiwa explicou que, "na província de Luanda, os homens usaram durante muito tempo duas oficinas mecânicas de fachada para disfarçar as transições de criptomoedas, nos municípios de Viana e Belas".
O porta-voz do SIC disse ainda que "as oficinas estão legalizadas, mas o proprietário que alugou os espaços aos chineses será responsabilizado criminalmente, porque presume-se que ele também sabia das movimentações que eram feitas naqueles lugares".
Foram igualmente apreendidos todos os materiais usados para a mineração de criptomoeda, tais como, cabines eléctricas, Postos de Transformação, computares e vários ventiladores.