Tratam-se dois cidadãos de 35 e 52 anos, respectivamente, que são agora acusados do crime de tráfico e exploração de minerais estratégicos e a detenção ocorreu mediante um mandado de detenção do Ministério Público (MP).

O mandado foi feita de forma urgente pelo MP, pelo facto do DIIP ter detido horas antes dois outros elementos em posse de uma garrafa que continha mercúrio no momento que pretendiam comercializar.

Interrogados, na segunda-feira, 08, estes alegaram que o produto, proibido, era dos oficias do SIC e FAN, que acabaram detidos.

Indagado o efectivo do SIC, disse que o objectivo não era comercializar, mas sim usar o produto como "isca" para apreender futuras quantidades de mercúrio, um metal pesado em estado líquido com múltiplos sos na indústria mineira e não só, especialmente usado para separar ouro e prata do cascalho no garimpo empresarial e artesanal.

Enquanto o oficial da FAN revelou que o produto chegou às suas mãos proveniente do município da Jamba e ao comercializar foi retido por três efectivos do SIC que ficaram com minério raro e acabaram por entrar no negócio.

Foi assim que os dois, o oficial do SIC e da FAN, entregaram o produto para venda a outros dois elementos, que acabaram detidos quando pretendiam comercialização.

Segundo a DIIP, diligências prosseguem para determinar os demais envolvidos neste negócio ilícito.

Em Angola, devido ao seu elevado valor - um quilo pode valer mais de 400 mil USD - o mercúrio é comummente transaccionado no mercado ilegal.