Os quatro chineses foram alvo de uma pesada condenação, naquilo que o tribunal da capital namibiana considerou uma "mensagem clara" para a comunidade nacional e para a comunidade internacional de que "este tipo de comportamento não é tolerado" no país.
A juíza Alexis Diergaadt, citada pelo jornal The Namibian, fez notar que se trata de "crimes sérios" que sublinhando que, como agravante, existe o facto de o grupo ter viajado da China para a Namíbia com o intuito de fazer sair do país ilegalmente os chifres de rinoceronte e a pele de leopardo.
Os chifres de rinoceronte, animais em risco de extinção e sob apertada protecção internacional, são muito apreciados na China como matéria-prima para o fabrico de produtos para aumentar o apetite sexual.
A sobrevivência destes animais, com a sub-espécie branca a ser representada apenas por alguns exemplares no mundo, é de tal modo séria de não se conseguir garantir que, em alguns parques africanos, os serviços cortam os seus chifres para evitar que os caçadores furtivos os amtem.
Os quatro cidadãos chineses, com idades entre os 32 e os 55 anos, viram o tribunal aceitar o tempo de cadeia já cumprido, desde Setembro de 2014, a aguardar julgamento, como parte da sentença, transformando este cumprimento em pena suspensa, dependente da repetição destes crimes.