A informação foi prestada na segunda- -feira, 31, pelo director geral da Robert Hudson em Angola, André Castro Pinheiro, durante o lançamento do novo SUV urbano, modelo Ecosport. "Nos últimos dois anos duplicámos as nossas vendas em Angola. Isto trouxe-nos alguns constrangimentos a nível das oficinas e de peças, mas que rapidamente recuperámos.

Abrimos no ano passado uma nova central de peças na zona do Patriota, Bairro Benfica, a partir da qual abastecemos diariamente Luanda e, semanalmente todas as províncias onde estamos presentes. Alargámos também a nossa rede agentes. Hoje estamos em nove províncias e este ano vamos expandir-nos para mais três", sublinhou.

Com preços que variam entre os 24 mil (caixa manual) e 29 mil dólares (automática), estão disponíveis em Angola 120 unidades do Ford Ecosport, distribuídas por nove províncias, com previsões de venda entre 50 a 60 veículos até ao final do ano. "Cobrimos cerca de 65% do país e vamos estar noutras três províncias, mais próximos dos clientes, para prestarmos melhor serviço pós-venda e também ter peças imediatamente disponíveis", afirmou André Castro Pinheiro.

O grupo pretende abrir sucursais em Cabinda, Uije e Lunda- -Sul. A Ford, que está implantada em Angola desde 1926, através da Robert Hudson e que foi comprada em 1990 pelo grupo Salvador Caetano, inaugurou terça-feira, 01, a antiga oficina do Maculusso hoje renovada e ampliada, com capacidade para assistir cerca de 25 viaturas por dia.

A concessionária assinou uma parceria com o Centro de Formação Tecnológica Integrada (CINFOTEC) que garante a formação dos seus quadros, enquanto não dispõe de uma escola própria para assegurar a promoção técnica dos profissionais. De 170 colaboradores directos, a Robert Hudson Angola, cresceu para 270 em menos de dois anos, sendo 95% nacionais.

Quanto às interferências da nova Pauta Aduaneira, André Castro Pinheiro, sustentou que o diploma irá provocar uma alteração "muito forte" nos preços das carrinhas "pick-up", sobretudo a Ford Ranger, um carro de apoio que sofreu um aumento de 12% para 50%,em taxas. " Isto vai afectar-nos, concerteza. Estamos a requacionar o nosso plano de negócios deste ano por causa disso, mas ainda não houve qualquer alteração nesse sentido", observou.