A suspensão da obra, de acordo com o ministro da Construção e Obras Públicas deve-se ao facto de a empresa não respeitar o contrato assinado com o Governo, "alterando o que estava previamente estabelecido, sem a consulta e autorização do ministério de tutela, nomeadamente a aplicação de um revestimento superficial duplo, em vez da camada de desgaste de 5 centímetros".

A cargo da China Railway 20TH Construction Bureau (CR20), as obras, que começaram em 2016 e cuja entrega estava prevista para este ano, estavam previstas numa extensão de 66 quilómetros. Dos 66 quilómetros rçamentados em 54 milhões de dólares, até ao momento, segundo a Angop, foram apenas executados 36.

"A qualidade deve estar acima de tudo, por ser a premissa mais importante na execução das obras", disse o ministro, acrescentando ser crucial que estes pressupostos sejam sempre salvaguardados.

No que respeita aos troços Caxinga/Talamungongo e Mussolo/Dumba Cabango, com 43 quilómetros cada, a cargo das empresas Transtech e SINOHYDRO, respectivamente com 93 e 97 por cento de execução, o ministro mostrou-se satisfeito, sem no entanto apontar data para entrega, refere a Angop.

Manuel Tavares de Almeida informou-se ainda sobre os trabalhos de reabilitação dos 68 quilómetros do troço Cacuso/Malanje, na Estrada Nacional 230, obra a cargo da empresa Carmo, a entregar em Dezembro deste ano.