Numa nota divulgada na página do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, com data de 31 de Julho, o Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) pede ainda que as investigações incidam também no conjunto das violações dos Direitos Humanos nesse período.

Num comentário sobre estes incidentes graves, o porta-voz deste gabinete da ONU, Thameen Al-Kheetan, recorda os mais de mil detidos, que devem ter os seus direitos salvaguardados, e quer saber com precisão se os relatos de uso de munições reais contra a população civil se confirmam, considerando que se trata do "uso desproporcionado" da força.

"Verificamos que alguns dos indivíduos envolvidos nos protestos optarem pela violência e aproveitaram-se da situação para realizar pilhagens, cometendo actos criminosos, como vandalismo em vários locais de Luanda", diz ainda a nota.

Nota essa onde a ONU pede ao Governo de Luanda que refreie o uso de violência desnecessária e desproporcionada para manter a ordem pública, respeitando os direitos à vida, liberdade e reunião e associação públicas, pedindo que os detidos de forma ilegal sejam "imediatamente libertados".