Os dois partidos políticos dizem acompanhar "com atenção e grande preocupação" os acontecimentos registados nas províncias de Luanda e Icolo e Bengo desde o dia 28 de Julho, com focos nas províncias do Huambo e Benguela, desde as primeiras horas do dia 29, na sequência da greve convocada pelas associações dos taxistas em protesto contra a subida do preço do gasóleo e a profissionalização do serviço de táxi.
A UNITA e o Bloco Democrático consideram que "a violência, em nenhuma circunstância, constitui o melhor caminho para a resolução de conflitos sociais e económicos".
"A destruição de infraestruturas e do património público, colectivo e privado só aprofunda o sofrimento do povo e fragiliza ainda mais os poucos serviços essenciais existentes", expõem os dois partidos, que "apelam à calma e ao discernimento dos cidadãos", exortando "particularmente os jovens, a não se deixarem instrumentalizar nem enveredar por práticas que comprometam o seu futuro e o de Angola em geral".
A UNITA e o Bloco Democrático apelam ainda ao Executivo que "abandone a postura arrogante e repressiva e opte, sem equívocos, pela cultura do diálogo e concertação social".
"A Nação constrói-se dialogando com todos os parceiros sociais do Estado", defendem no comunicado, apelando ao diálogo entre universidades e escolas, sociedade civil, igrejas, partidos políticos, associações profissionais, instituições consuetudinárias e associações de juventude e de mulheres, no sentido de encontrar uma saída "pacífica e sustentável para a profunda crise política, económica e social que aflige o País".