Em quase todos os postos de combustível, supermercados e bancos comerciais há já a presença de agentes da Polícia Nacional, ao contrário do que se verificou na segunda-feira, primeiro dia da greve dos taxistas.
A circulação rodoviária é feita de forma tímida, com as principais avenidas desertas e com a maioria da população recolhida nas suas casas.
Todos os estabelecimentos comerciais, assim como os mercados informais, como o São Paulo, Asa branca e Congoleses, estão fechados.
Nos subúrbios continuam as pilhagens e os actos de vandalismo. Há relatos de várias mortes, embora os dados oficiais apontem, para já, para quatro. No fim do dia de terça-feira, a Polícia Nacional actualizou o número de detenções, que subiu de 500 para 1.214 pessoas a darem entrada nas esquadras policiais.
Entretanto, o rastilho chegou ao Huambo e a parte do território da recém-criada província de Icolo e Bengo, nos extintos distritos urbanos do Zango e Sequele. Também há relatos de pilhagens na Huíla.
No Huambo, supostos manifestantes saíram às ruas e criaram desordem, arruaças e sabotagens em estabelecimentos comerciais, embora a PN assegure ter o controlo da situação. Os dados oficiais apontam para, pelo menos, dois mortos.
O subcomissário Mateus Rodrigues, porta-voz da Polícia Nacional, afirmou que as detenções vão continuar.
A PN está nas ruas com todos os seus meios e efectivos, incluindo a presença de viaturas blindadas e de militares, numa demonstração de força e de tentativa de controlo da situação.