A Organização Não-Governamental (ONG) angolana de defesa e promoção dos direitos humanos considera que "a greve pacífica" decretada pelos taxistas, desde segunda-feira, "é legítima" e deve merecer solidariedade de todos os cidadãos.

A AJPD insta os cidadãos lesados em Luanda a avançarem com uma queixa contra o Estado angolano por não garantir a segurança dos seus bens, vandalizados na sequência da greve, responsabilidade que "não deve, de forma alguma", ser atribuída à Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA), que já se demarcou das cenas de vandalismo.

A ONG considera grave que a administração pública, "de forma omissiva e negligente", não tenha garantido e assegurado a protecção da integridade do património público e privado, permitindo, deste modo, actos de pilhagem e vandalismo que se verificam no decurso da greve dos taxistas.

A organização apela mesmo os comerciantes e demais lesados a ponderar uma acção de responsabilização civil contra o Estado "por ter faltado com o seu dever de garantir a protecção e segurança dos seus bens".

Em comunicado, a AJPD apela ainda à Ordem dos Advogados de Angola que garanta que os taxistas e outros cidadãos detidos vejam os seus direitos respeitados.