Este acordo deverá concluir um processo negocial iniciado já este ano depois da "traição" congolesa ao Presidente angolano, que levou ao desmoronamento do Processo de Luanda, que já durava há anos, com mediação do Catar, na linha da frente, e dos EUA, na rectaguarda. (ver links em baixo)
Ao fim de várias rondas negociais, que começaram a 19 de Março, surpreendendo tudo e todos, com um encontro entre Felix Tshisekedi e Paul Kagame, em Doha, capital do Catar, as duas partes chegaram a um acordo de princípio que deve ser materializado no final de Junho.
Segundo as agências de notícias que avançam com esta data, o Ruanda e a RDC concordaram nos termos da pacificação do leste congolês, actualmente dominado pelo M23, os rebeldes apoiados por Kigali, depois de terem conquistado pelas armas as capitais do Kivu Norte, Goma, e do Kivu Sul, Bukavu.
Além dos rebeldes do M23, com algumas fontes a garantiram que são mais de 50 mil, e os mais de 4 mil tripas regulares do Ruanda, o acordo contém normas para lidar com as milícias leais a Kinshasa e a guerrilha da FDLR que tem, acuda o Ruanda, bases na RDC a partir das quais ataca no Ruanda.
Além dos mecanismos de controlo das forças militarizadas, incluindo o seu desarmamento, o documento prevê ainda que os dois países respeitem a soberania do outro e aponta regras para lidar com a crise humanitária que aumentou nos últimos meses com os avanços do M23.
O regresso dos refugiados internos e nos países vizinhos está igualmente previsto e a integração de antigos militares que saíram para as forças não-estatais também.