Quando já se sabia que o resultado era definitivo, apesar de ainda faltarem contar cerca de 2% dos votos, o presidente do Movimento para a Democracia (MpD) rapidamente proclamou a vitória eleitoral no arquipélago, prometendo manter o rumo ao mesmo tempo que aproveitava para dar uma alfinetada na oposição, a quem aconselhou a ver neste resultado "uma lição" do povo.
Ulisses Correia e Silva disse que se tratou de uma "grande vitória" e que o seu partido "estava à espera de um resultado com esta dimensão", adiantando, citado pela imprensa do país, que "o bom trabalho que tem sido feito vai continuar".
O MpD conseguiu, neste Domingo, quando ainda faltavam contar alguns votos, 36 dos 72 deputados do Parlamento cabo-verdiano, deixado o PAICV de Janira Hopffer Almada com 26, e a UCID-União Cabo-verdiana Independente e Democrática, com 9%, o que correspondia a 5 deputados.
A presidente do PAICV, Janira Hopffer Almada, assumiu de imediato a derrota, felicitou o vencedor, porque o povo "é sempre soberano", tendo-lhe desejado "uma boa governação" e anunciou a sua demissão sem demoras, relembrando o que sempre disse, que a política "não é uma carreira" e que a "coerência" impõe que deixe o cargo como consequência do resultado.
Votaram nestas eleições os cabo-verdianos residentes no arquipélago e na diáspora.
Desde que o país conhece eleições democráticas, os dois maiores partidos já se revezaram por três vezes na condução dos destinos das ilhas, sempre sem contestação dos resultados e com o derrotado a assumir de imediato a sua condição de oposição.