Vários membros do Executivo, de órgãos de soberania e de defesa e segurança, assim como centenas de populares e familiares, despediram-se do também antigo presidente da Assembleia Nacional.

O Presidente da República, João Lourenço, rendeu homenagem a Fernando Dias dos Santos no velório, no salão protocolar da Presidência da República, e escreveu no livro de condolências que "Nandó" serviu o País.

Segundo o Presidente da República, Fernando Piedade Dias dos Santos "Nandó foi uma pessoa de destaque do nacionalismo angolano e da vida política nacional, que "sempre defendeu com zelo e competência os superiores interesses do povo angolano".

No velório, João Lourenço, cuja esposa é familiar de "Nandó", cumprimentou a esposa do falecido, os filhos e familiares, endereçando condolências.

O Executivo angolano também rendeu homenagem a Fernando da Piedade Dias dos Santos "Nandó", considerando-o "um verdadeiro pilar da estabilidade política e institucional do País".

O ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, que leu a mensagem do Executivo, disse que Fernando Piedade Dias dos Santos nunca procurou protagonismo pessoal, e que preferiu sempre o caminho da discrição e do trabalho.

Segundo o Executivo, Fernando Piedade Dias dos Santos foi "um verdadeiro pilar da estabilidade política e institucional do País em momentos particularmente sensíveis da nossa história".

Conforme o Executivo, "Nandó" foi um verdadeiro homem de Estado que sempre respeitou a hierarquia.

O Executivo diz que Angola se curva com profundo respeito à memória de um dos filhos mais dedicados de Angola e a quem a Pátria renderá eterno tributo e gratidão.

Ainda no velório, a Assembleia Nacional prestou homenagem à memória de Fernando da Piedade Dias dos Santos.

Numa mensagem do presidente da Assembleia Nacional, Adão de Almeida, lida pelo primeiro vice-presidente, Américo Cuononoca, é sublinhado que Fernando da Piedade Dias dos Santos protagonizou uma trajectória que se confunde com momentos-chave da afirmação do parlamento angolano.

Segundo o Parlamento, o antigo líder do órgão legislativo "dirigiu a Assembleia Nacional durante 12 anos com equilíbrio e espírito de inclusão, promovendo o diálogo entre as forças políticas e defendendo a dignidade institucional do parlamento, num período marcado pela aprovação de diplomas estruturantes".

Izamara Dias dos Santos, filha cassula de "Nandó", disse, em nome da família, que Fernando Piedade Dias dos Santos, para além de um grande chefe de família, foi também um político muito respeitado em Angola.

Segundo a família, "Nandó" em casa era muito extrovertido, gostava muito de dançar e contar piadas.

Várias personalidades da política e das forças de defesa e segurança, consideram que "Nandó" foi um homem muito respeito e atento ao País.

O líder da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, disse que o Angola perde um grande filho e que Fernando Piedade Dias dos Santos sempre soube respeitar as diferenças.

Ambrósio de Lemos, antigo comandante geral da Polícia Nacional, disse ao Novo Jornal que foi Fernando Piedade Dias dos Santos "Nandó" que o escolheu para estar à frente da PN, e que serviu as forças armados e a PN "de corpo e alma".

Ambrósio de Lemos diz que "Nandó" foi um bom companheiro e um exemplo, para além de bom amigo.

O antigo comandante geral assegura que Fernando Piedade Dias dos Santos orientou bem o Ministério do Interior e a PN.

Fernando da Piedade Dias dos Santos ocupou vários cargos importantes no Executivo, sendo o último o de presidente da Assembleia Nacional, que dirigiu durante 12 anos.

A vice-Presidente da República, assim como vários membros do Executivo, familiares e amigos acompanharam o cortejo fúnebre da Nova Marginal até ao Cemitério do Alto das Cruzes, em Luanda, onde decorreu o sepultamento.