Há mais de três anos que americanos e russos não se encontravam a este nível de importância, com delegações chefiadas pelos respectivos responsáveis pelas diplomacias, Marco Rubio, e Sergei Lavrov... e o resultado foi que o trabalho é para continuar.

Alguns pontos foram já espelhados pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, e pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, havendo dois pontos fundamentais: acabar com a guerra envolvendo todos os envolvidos, disse o americano, e que a presença de forças da NATO na Ucrânia "é inaceitável" para Moscovo.

Além destes pontos, em que podem ser percepcionadas diferenças, porque os americanos há meses defendem a presença de forças internacionais europeias na Ucrânia como garante de cumprimento de um eventual acordo de paz e os russos consideram que o Presidente ucraniano não tem legitimidade democrática para assinar quaisquer documentos, outro foi totalmente consensual: que Washington e Moscovo vão continuar a falar e a retomar as relações "normais"

Marco Rubio, perante os jornalistas, após, o encontro entre as duas delegações, disse ainda que um acordo deverá contar com o contributo alargado de ucranianos e europeus, sublinhando que estes são essenciais para o levantamento das sanções à Rússia.

"Quero dizer que para que este conflito termine todos têm de estar de acordo e que as condições sejam aceitáveis para eles", apontou o chefe da delegação americana, que deixou ainda como aviso à navegação que pela frente está "ainda um longo caminho a percorrer".

"Para que seja possível um acordo, todos terão de fazer concessões, mas seria errado estar aqui a dizer quais serão essas concessões#, aturou anda Marco Rubio, que, com a ideia de que todos devem participar e que todos devem fazer concessões, procurou definir a moldura das futuras negociações.

Por seu lado, o chefe da diplomacia de Moscovo procurou, também falando para as dezenas de jornalistas presentes em Riade, definir os limites do Kremlin para se chegar a um acordo cobre a Ucrânia, porque sobre o reatar das relações com Washington, seguiu o mesmo diapasão do seu homólogo americano: o caminho faz-se caminhando.

Sergei Lavrov regozijou-se por ambas as partes não quererem apenas dizer ao que vinham mas procuraram ouvir a outra parte, procurando compreender os seus pontos, e isso "foi muito positivo", apontou.

E acrescentou: "Tenho todas as razões para acreditar que os americanos compreendem as nossas posições", deixando a garantia de que os dois países vão aligeirar as dificuldades criadas nos últimos anos às respectivas representações diplomáticas nas suas capitais, o que inclui nomear novos embaixadores para as duas embaixadas.

Outra coisa que Lavrov apreciou foi ter ouvido Marco Rubio dizer, no arranque dos trabalhos, que é totalmente normal que os dois países procurem nestas conversações defender os seus interesses e que esse deve ser o ponto de partida para o desenrolar futura das conversações.