As províncias de Nampula e Cabo Delgado foram as mais afectadas pelo "Chido", o nome com que foi baptizado o ciclone tropical com categoria 3 numa escala que vai de 1 a 5, em Moçambique e que atravessou este fim-de-semana a parte norte e centro de Moçambique, com grande intensidade e ainda o Arquipélago de Mayotte, que se situa entre Madagáscar e Moçambique.

Apesar do "Chido" já estar claramente menos presente em Moçambique, as autoridades do país enfatizam que não está posta de parte a possibilidade de persistirem as fortes chuvas e o risco inerente de inundações em várias regiões.

A companhia nacional Electricidade de Moçambique (EDM) explicava este Domingo que a situação foi fortemente sentida desde Sábado e afectou os distritos de Mecufi, Metuge, Macomia, Quissanga, Ilha do Ibo, Muidumbe, Mueda, Nangade, Palma, Mocímboa da Praia, Chiúre, Ancuabe, Montepuez, Namuno e Meluco, além da cidade capital de província, Pemba, em Cabo Delgado, bem como Eráti e Memba, em Nampula.

O "Chido" não atingiu a violência do ciclone que em 2019 arrasou Moçambique e fizeram milhares de mortos e desalojados, mas o seu impacto está ainda a ser analisado e pode crescer o seu impacto *a medida que as equipas de socorro chegam a novas áreas.

Mas as atenções estão centradas em Mayotte, porque as equipas de socorro estão no terteno a tentar encontrar sobreviventes e os números da tragédia sobem de hora a hora, havendo mesmo a possibilidade de chegarem às largas centenas.

A passagem do ciclone tropical Chido pelo arquipélago francês de Mayotte, no Oceano Índico, pode ter provocado "várias centenas" de vítimas mortais, admitiram este domingo as autoridades locais, que não excluem a possibilidade de o balanço chegar mesmo a "vários milhares".

O governador francês de Mayotte, François-Xavier Bieuville, citado pela AFP, admitiu que esta é já uma das maiores tragédias a atingir o pequeno arquipélago francês nesta região do Índico, enquanto em Paris o Governo acentua a dimensão da tragédia sublinhando que pode não ser possível averiguar o número total de vítimas.

Uma das razões é porque um número relevante de vítimas pode ter sido arrastado para o mar e ainda porque as populações locais, muçulmanas, tratam de fazer os funerais rapidamente e sem deixar registo, ou ainda devido aos largos milhares de imigrantes ilegais presentes nas ilhas.