"As pessoas não devem atravessar a fronteira", apelou Filippo Grandi a partir de Munique, onde participa na 59.ª Conferência de Segurança.
"Seria catastrófico para os palestinianos, especialmente para aqueles que seriam forçados a deslocar-se mais uma vez. Seria catastrófico para o Egipto em todos os sentidos. E, mais importante do que qualquer outra coisa, uma nova crise de refugiados significaria a sentença de morte de um futuro processo de paz", disse o líder da ACNUR.
Grandi deixa o alerta: uma vez fora de Gaza, os refugiados não poderiam mais regressar às suas casas, como aconteceu com o grande êxodo de 1948, e arruinariam a possibilidade de uma solução de dois Estados na região.
Por isso, o líder da ACNUR considera que um novo êxodo "deve ser evitado a todo custo", avisando que a sua agência não está envolvida nos preparativos que os egípcios parecem estar a fazer para acolher os refugiados palestinianos de Gaza.