De acordo com os relatos dos media moçambicanos, a polícia carregou com violência sobre os manifestantes, disparando balas de borracha e granadas de gás lacrimogéneo ao mesmo tempo que era disparadas rajadas de fogo real para o ar.
Do lado dos manifestantes, que se juntaram aos milhares, foram arremessadas pedras e outros objectos, incluindo artefactos pirotécnicos, contra as forças policiais, com as hostilidades a terem início logo após os primeiros ajuntamentos, cerca cas 08:00 locais, 07:00 em Luanda.
Antes da manifestação, ao longo do fim-de-semana, a polícia moçambicana fez vários avisos de que não iria tolerar excessos e que agiria com prontidão e dureza para os travar.
O que não demoveu os manifestantes desafiados por Venâncio Mondlane, que poucas horas após o fecho das urnas, no passado dia 09, se autodefiniu como vencedor do pleito Presidencial, embora oficialmente, Daniel Chapo, da Frelimo, partido no poder desde a independência do país, em 1975, comanda a contagem.
Alias, a morte dos dois elementos do Podemos, e apoiantes destacados de Mondlane, foi já ligada a esse pronunciamento acelerado de vitória sem que houvesse qualquer nota oficial nesse sentido.
Entre os manifestantes havia cartazes a pedir para que Moçambique fosse salvo das mãos da Frelimo.