Alain Noudéhou, coordenador humanitário do Sudão do Sul, disse à Radio da ONU, em Nova Iorque, haver uma necessidade crescente de auxílio humanitário devido à insegurança alimentar, violência e declínio económico, com impacto na saúde, segurança e meios de subsistência das pessoas necessitadas no Sudão do Sul.
"À medida que o conflito continua em algumas partes do país, o número de pessoas com desnutrição aumentou e, caso não haja acções urgentes, milhares de pessoas em diferentes áreas estão em risco de morrer de fome".
"A verba vai servir para apoiar, sobretudo, mulheres e crianças, as principais vítimas do conflito", disse o coordenador humanitário.
Desde o aumento do conflito armado no Sudão do Sul, em Dezembro de 2013, cerca de quatro milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, incluindo 1,9 milhões deslocados internos e 2,1 milhões que se refugiaram nos países vizinhos. Metade das crianças daquele país, menores de cinco anos, sofre de desnutrição aguda.
Apesar desses desafios, as operações humanitárias no Sudão do Sul continuam a ajudar milhões de pessoas em todo o país. Até final de Novembro, as organizações de ajuda humanitária conseguiram assistir mais de cinco milhões.
O Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários prevê o aumento da insegurança alimentar entre Janeiro e Março de 2018.