Nessa mistura de mambos, eis que surge a expressão bungle bangue, que significa mentira ou jajão. Essa dica vem fazer companhia a tantas outras que engordam o léxico popular caluanda, no qual "vão rir", "vão gostar", "bilingue", "jajão", "do game", "nos merece, andamos muito", "tudo pela bancada", são algumas das que mais têm sido usadas pelos avilos da banda, nos últimos tempos.
É assim que, de repente, o pessoal acordou ou foi acordado numa linda quinta-feira, a 1 de Junho, dia dedicado à criança, com a notícia quente da subida do preço da gasolina em Angola. Numa altura em que se estava a tentar perceber a indigesta situação da subida dos preços dos bens alimentares, da dita cesta básica, dos apetitosos frescos mais consumidos, como frangos, cochas, asinhas, pescocinhos, patas e mitras de frangos congelados; da taxa de câmbio e de outros bens de primeira necessidade, o governo brinda os pacatos e heroicos cidadãos com essa prenda pelo dia dos piôs, a subida dos preços da gasolina.
Como se não bastasse, os candongueiros e cupapatas parece que serão aliviados da dita subida, terão cazola, por enquanto. A maka é que essa fesada poderá abrir portas para a candonga de combustível... já agora estão todos licenciados? Como é que ficam os táxis "dos aplicativos" pela internet? Será que o dito cartão da falida vai chegar até às localidades mais recônditas? Haverá sempre sistema para usar os ditos? Os transportes escolares levaram também uma mbaia, logo os encarregados de educação já estão a fazer contas por causa da subida que se avizinha. Há também quem esteja a tequetar por causa de umas falidas que o estado tem dado a alguns para que possam abastecer usando fichas ou cartões de abastecimento de combustível.
É assim que os assalariados que não têm rendimentos gudas nem subsídios que ajudem a suportar algumas despesas antecipam outras subidas de preços que poderão complicar mais a vida de quem já esteja a ver lulas ilusórias para lidar com as despesas mensais mesmo tendo um salário regular que alimenta uma quixiquila que tem sido cada vez mais cafricada atraindo quilapes eternos.
É desta forma que me despeço, vou banzelar sobre os mambos que nos têm feito rir, mesmo sem curtir, porque não são bilingues, tão pouco jajão e têm feito muita boa gente entrar ou ser do game para conseguir "argu argum" para sustentar a si e os seus, porque as promessas de emprego, mesmo com as habilitações certas, ao contrário das más noticias, têm sido bungle bangue. Tudo isso acontece porque pensamos que tudo é pela bancada, mandamos bué de bocas, chupamos bué, pitamos bué, desbundamos bué, bailamos bué, somos bué alegres e estigamos bué as orientações superiores e quem dita as tais orientações, por isso é que se tem dito: nos merece!n Katé