Segundo o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), este satélite, "de altíssimo desempenho ", vai permitir "estimar a produtividade agrícola, o monitoramento de desflorestação, a monitorização de obras de construção, a monitorização e detecção de derrames de petróleo e detecção de navios".
"Com a construção e entrada em funcionamento do ANGEO-1, será possível fazer mais de mil imagens de alta resolução por dia com extrema capacidade de aquisição para uma cobertura local, nacional e regional sendo altamente eficiente para as principais aplicações angolanas", refere em comunicado o MINTTICS, acrescentando que "graças ao acesso massivo a imagens de satélite, o ANGEO-1, de alta tecnologia, contribuirá fortemente para o desenvolvimento das infraestruturas, mapeamento de Recursos Naturais, Vigilância Marítima, incluindo Pesca, Agricultura, Censo Populacional".
O ANGEO-1, acrescenta o documento, promoverá ainda mais o desenvolvimento do País em muitos sectores diferentes, melhorando a vida dos cidadãos angolanos, construindo capacidades, diversificando a economia e beneficiando um sector muito diversificado", refere igualmente a nota citada pelo Jornal de Angola.
Do contrato, assinado no âmbito da visita do Presidente francês, Emmanuel Macron, faz parte a formação de "pelo menos 15 especialistas angolanos, que serão treinados para operar o ANGEO-1" e, no domínio académico, diz o MINTTICS "dar-se-á também continuidade às formações nos graus de mestre e doutoramento no domínio espacial, uma acção que busca da continuidade ao programa de construção, reforço e alargamento das competências internas através de programas de transferência de conhecimento e treinamento direcionado".
"Em Toulouse, França, por exemplo, em um dos institutos de referência mundial em tecnologias espacial, ISAE-SUPAERO, 11 engenheiros angolanos foram treinados a nível de mestrado em áreas como: aplicações espaciais utilizando imagens de satélite, engenharia de sistemas espaciais e gerenciamento de projectos", salienta o MINTTICS.