Há três meses à espera das obras para um hospital geral, idealizado para substituir uma infra-estrutura em degradação, munícipes da Catumbela viram instalado, na última semana, uma placa a dar conta de empreitada para outra unidade sanitária no mesmo perímetro, num cenário a alimentar dúvidas e questionamentos em relação a factores como transparência e comunicação, constatou o Novo Jornal.

A placa, numa área vedada nos últimos dias, indica que a Catumbela vai albergar o hospital materno-infantil da província de Benguela, adjudicado, segundo informações disponíveis, por ajuste directo ao OPAIA, o grupo empresarial com a mais volumosa garantia soberana na administração João Lourenço. "Vimos que foi lançada, isto em Julho, a pedra para o novo hospital, um hospital geral, e não este, o materno-infantil. Já não estamos a entender nada", disse Antonieta, uma munícipe que passava pela reportagem do NJ na altura da recolha de dados.

Esta unidade (materno-infantil) ocupará, conforme a pretensão das autoridades, parte dos 24 hectares de terra que albergarão também o hospital geral, pelos quais o Estado terá ainda de indemnizar o seu proprietário, um conhecido agricultor de Benguela.

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