O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançou um apelo de 129 milhões USD para responder às necessidades humanitárias de crianças e famílias em nove países da África Oriental e Austral, entre os quais Angola. No documento "Acção Humanitária para Crianças 2026 - Região da África Oriental e Austral, consultado pelo Novo Jornal, o UNICEF explica que pelo menos 30 milhões de crianças na região enfrentam riscos devido à combinação de conflitos, deslocações forçadas, insegurança alimentar, eventos climáticos extremos, fragilidades nos sistemas de saúde, educação e protecção social. Para além de Angola, fazem parte do apelo o Comores, Djibuti, Eritreia, Quénia, Madagáscar, Malawi, Zâmbia e Zimbabwe.

Angola é apontada como um dos países mais afectados pelos impactos da seca associada ao fenómeno El Niño, bem como pela persistência de problemas no acesso à água potável e ao saneamento básico. No caso de Angola, acrescenta o UNICEF, a situação é agravada pelo surto de cólera que a assola desde o início de Janeiro. A organização assegura que tem apoiado o Governo em acções de prevenção e vacinação, assim como na mobilização comunitária e formação de voluntários.

No global, os recursos solicitados pelo UNICEF destinam-se a intervenções prioritárias, como tratamento da desnutrição, reforço dos cuidados primários de saúde, acesso à água potável e saneamento, protecção da criança, resposta à violência baseada no género e educação em situações de emergência. A organização avança que, nos noves países, 17,9 milhões de mulheres e crianças necessitam de cuidados primários de saúde, cinco milhões de pessoas precisam de assistência nutricional, três milhões crianças precisam de acesso à escola, ao passo que 14,7 milhões de pessoas não têm acesso à água potável.

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