A direcção da Frente Nacional para Libertação de Angola (FNLA) atribuiu uma quota de pouco mais de 30% da sua lista de candidatos a deputados à Associação da Mulher Angolana (AMA) e JFNLA, agremiação feminina e juventude do partido, respectivamente.

Entretanto, a percentagem é considerada irrisória nalguns sectores internos, tendo em conta o actual contexto político tomado por "exigente", para além de outros partidos históricos como o MPLA e a UNITA estarem a "rejuvenescer" as suas estruturas.

Já Nimi ya Nsimbi, presidente da FNLA, justificou ao Novo Jornal o espaço dado na lista do partido à AMA e à JFNLA com o facto de a organização, segundo o próprio, ser um "partido grande e histórico" que tem ainda "muitos mais velhos capazes" de, face à experiência acumulada, contribuir para o sucesso não só eleitoral, mas também de posição partidária na Assembleia Nacional.

"Há muitos mais velhos que, inclusive, os encontrei no partido. É necessário respeitar isso. Demos mais de 30% à JFNLA e à AMA, e foram eles mesmos que indicaram os nomes incluídos na lista", referiu Nimi ya Nsimba.

Contactado a propósito pelo NJ, Kiaco Kiala, secretário nacional da JFNLA, manifestou-se satisfeito não só com a percentagem atribuída à juventude e à AMA, mas também com a possibilidade de serem as lideranças dessas organizações de massa do partido a identificar os melhores quadros para a "empreitada".

Constatou haver "muitos jovens na lista", dado que, para além de a JNLA apresentar 20 nomes, disse existirem jovens que, por fazerem parte do Comité Central e do Bureau Político, foram colocados na lista por inerência de função.

Entre os novos nomes na lista de candidatos a deputados, o secretário Nacional da JFNLA destacou a presença de Adilson Nascimento, o mais jovem do grupo, de apenas 24 anos.

De acordo com o seu presidente, que acredita poder atingir um resultado eleitoral melhor do que o partido alcançou em todos os pleitos, a FNLA está a viver um momento diferente, que passa não só pela "injecção de sangue novo", mas também pela estabilidade interna, bem como de reconquista do seu espaço na arena política nacional.

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