A 4 de Fevereiro de 2020, João Lourenço actualizou o grupo de trabalho interministerial de acompanhamento às obras, paralisadas desde 2017. Dias depois, vistoriou o ainda futuro Museu e Centro de Ciência e Tecnologia de Luanda, na antiga fábrica de sabão (Congeral), junto à Fortaleza de São Miguel, para aferir o grau de execução do projecto.
Dizia o Comité Provincial de Luanda do MPLA, na sua página no Facebook, que "o Presidente percorreu vários sectores de um edifício praticamente concluído, em que salta à vista o facto de o projecto de arquitectura ter preservado as fachadas históricas da antiga fábrica de sabão, em homenagem ao passado industrial daquela zona da baixa luandense".
A acompanhar o Presidente, estava a então ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança Sambo, que garantiu que a conclusão total da obra, paralisada há mais de cinco anos, estava prevista para o decurso de 2021.
Mas para isso, disse Maria do Rosário Bragança Sambo, "seria necessário fazer um outro levantamento do estado da infra-estrutura para aquisição de novos equipamentos".
Em Junho de 2021, o Presidente da República destinou 50 milhões de dólares norte-americanos para a conclusão e o apetrechamento do Centro de Ciência de Luanda. A empreitada de obras públicas "dos trabalhos de restauros complementares, apetrechamento, fornecimento de equipamentos e módulos expositivos" foi adjudicada à empresa Athena Swiss AG por ajuste directo. A Athena Swiss AG faz parte do Grupo Mitrelli, que emprestou o dinheiro ao Governo angolano .
Aos 50 milhões de dólares deste contrato acresceram 14% de IVA, de acordo com o exposto no despacho presidencial 100/21, onde foi delegada competência para a prática de todos os actos decisórios e de aprovação tutelar, incluindo a aprovação das peças do procedimento contratual até a celebração do correspondente contrato, no director do Gabinete de Obras Especiais.
O grupo de trabalho criado pelo Chefe de Estado era supervisionado pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Frederico Cardoso, exonerado dois meses depois, e coordenado pela então ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Ana Paula Elias, exonerada no mês seguinte a esta visita, ou seja, em Março de 2020.
Competia a este grupo elaborar um memorando detalhado sobre o estado da obra do Museu/Centro de Ciência e Tecnologia e Aquário de Luanda, apresentar uma proposta de cronograma de acções a desenvolver para a conclusão da obra e o seu apetrechamento, e acompanhar a conclusão da obra de empreitada e participar na identificação do tipo de equipamento necessário para o seu apetrechamento.
Competia igualmente apresentar uma proposta de modelo de gestão, incluindo um projecto de Estatuto Orgânico, e elaborar um plano de selecção, recrutamento e formação de recursos humanos a integrar nos quadros da instituição.
Implantado numa área de 9.600 metros quadrados, o Centro de Ciência e Tecnologia contará, segundo a informação do Governo, com salas de exposições, mediateca, planetário, cinema e auditórios.
O Centro de Ciência e Tecnologia começa, em Fevereiro de 2024, a funcionar normalmente, com acesso às exposições e demais atracções mediante a compra de bilhetes. Até lá, algumas instituições convidadas visitarão gratuitamente as exposições do em grupos de até 30 indivíduos cada, segundo o Governo. A recepção dos grupos, previamente convidados e agendados, deverá ocorrer durante todo o mês de Janeiro de 2024.