O Grupo Parlamentar da UNITA (GPU) apela à sociedade civil, às Igrejas e demais parceiros do Estado para acompanharem "com a devida atenção", por via dos órgãos de comunicação social e redes sociais, o desenvolvimento dos debates "que se pretendem patrióticos, consensuais e em defesa da transparência, verdade eleitoral e credibilidade do processo".
O Grupo Parlamentar da UNITA defende que, dada a importância desta matéria para a confiança pública e estabilidade política, a Assembleia Nacional deve, antes, auscultar as organizações da sociedade civil e parceiros sociais para colher as suas contribuições e enriquecer as propostas em discussão, garantindo assim a aprovação de leis justas e inclusivas, a bem do interesse nacional.
O Grupo Parlamentar da UNITA pede disponibilidade para "o debate franco, aberto e consensual, com vista à realização de eleições livres, justas, transparentes, democráticas, competitivas e credíveis".
Dos diplomas que constituem o Pacote Legislativo Eleitoral destacam-se a proposta de Lei de Alteração à Lei n.º 36/11, de 21 d e Dezembro - Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais, Projecto de Lei de Alteração à Lei n.° 36/11, de 21 de Dezembro - Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais, e Proposta de Lei de Alteração à Lei n.° 8/15, de 15 de Junho - Lei do Registo Eleitoral Oficioso.
São ainda diplomas do mesmo pacote o projecto de Alteração à Lei 21/21, de 21 de Setembro - Lei do Registo Eleitoral Oficioso, a proposta de Alteração à Lei 12/12, de 13 de Abril- Lei Orgânica sobre a Organização e Funcionamento da Comissão Nacional Eleitoral.
O Executivo e a oposição não se entendem em relação às alterações ao Pacote Legislativo Eleitoral, em discussão na Assembleia Nacional.
O Governo angolano propõe a eliminação das actas-síntese nas assembleias de votos e a introdução das mesas móveis.
A oposição discorda destas medidas e defende a reintegração dos centros de escrutínio provinciais.
Perante o impasse político, surgem vozes que defendem a necessidade de um "pacto de regime" entre as principais forças políticas com assento parlamentar, em matéria eleitoral.
Uma das principais medidas da proposta de alteração do Executivo é o uso do bilhete de identidade como único documento válido para o exercício do voto, com excepção dos cidadãos residentes no estrangeiro, que terão de usar o passaporte.
Para a UNITA, a proposta do Governo não é realista porque "a maioria dos eleitores tem votado com base no cartão de eleitor".
De acordo com a UNITA, a maioria dos cidadãos, segundo dados apresentados pelo próprio executivo, não possui bilhete de identidade.