O maior partido da oposição diz ter escolhido Cabinda porque "o povo tem questões políticas específicas a resolver" e quer auscultar a população e as associações da sociedade civil.
Liberty Chiyaka, presidente da bancada Parlamentar da UNITA, diz que o partido está em Cabinda para dialogar com as lideranças locais e auscultar a sociedade civil sobre o projecto de Lei das Autarquias de nível supramunicipal.
Segundo o líder da bancada parlamentar, depois de escutar o povo, os pontos importantes serão levados à Assembleia Nacional, como proposta, para discussão.
"Vamos trabalhar com o povo e com as lideranças locais em todos os municípios e comunas", afirmou Liberty Chiyaka.
O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, também está em Cabinda, para a abertura e encerramento das jornadas.
Entretanto, alguns deputados da UNITA disseram ao Novo Jornal que o partido está com dificuldade em hospedar a delegação que se deslocou a Cabinda para participar nas jornadas, porque alguns hotéis estão mesmo a recusar acomodar os parlamentares, por temerem represálias.
O Novo Jornal apurou que há muitos dirigentes do partido que tiveram de pernoitar nas ruas de Cabinda, porque viram recusada a hospedagem nas unidades hoteleiras.
A vice-presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, Navita Ngolo, em declarações à imprensa local, assegurou que estão com dificuldades de hospedar as pessoas porque os hotéis dizem estar lotados pelas empresas de exploração de petróleo.
Nas eleições gerais de 2022, a UNITA elegeu em Cabinda quatro deputados, contra apenas um do MPLA.