Na segunda-feira, à saída de um encontro com o Presidente da República, o vice-presidente da empresa aeroespacial europeia, Bernhard Brenner, disse, citado ontem, ao fim da tarde, 27, pela Angop, que a sua deslocação ao Palácio presidencial foi para "agradecer ao Chefe de Estado pelo apoio prestado na assinatura do contrato com as autoridades angolanas, para aquisição das aeronaves militares".

A Angop escreve que esta "aquisição está prevista para os próximos 36 meses". No site da Airbus a encomenda do Governo angolano está anunciada desde o dia 21 deste mês.

"Os dois C295 produzidos como Aeronaves de Vigilância Marítima (MSA) terão um papel fundamental para Busca e Salvamento, controlo de pesca ilegal e das fronteiras, apoio em caso de desastres naturais, entre outros. Eles serão equipados com o sistema de missão Fully Integrated Tactical System (FITS) desenvolvido pela Airbus, bem como sensores de última geração.

Todas as três aeronaves serão equipadas com a versão mais recente do conjunto de aviónicos (toda a electrónica a bordo dos aviões) Collins Aerospace Pro Line Fusion.

"Com esta nova encomenda, a Força Aérea Nacional de Angola torna-se no 38º operador C295 a nível mundial", escreve ainda a Airbus no seu site oficial.

Mas esta encomenda está prevista desde 2018, quando, em Março, o Presidente autorizou, por despacho, a compra de três aviões do tipo C-295, para transporte táctico, no valor global de 159,9 milhões de euros, para equipar a Marinha de Guerra "com meios necessários para a protecção do espaço Marítimo e da Zona Económica em particular".

Na altura, foi delegada na empresa Simportex, E.P., em representação da República de Angola, a celebração do contrato com a Airbus Defence and Space, S.A.U.

A justificação para a compra era a "necessidade de adquirir aviões de patrulha marítima do tipo C-295 para assegurar as missões de observação e vigilância da referida zona, com vista a garantir a soberania nacional".

No mesmo despacho, o PR autorizava o então ministro das Finanças, Archer Mangueira, "a negociar o financiamento com o Banco Bilbao Vizcaya, bem como a tratar de toda a documentação relacionada com o contrato" e a "incluir o referido contrato no plano de Investimentos Públicos (PIP).