Manuel Fernandes concorreu à presidência da coligação como presidente o presidente do Partido Pacífico Angolano (PPA).

Fele António, conseguiu quatro votos dos seis partidos que compõem a coligação.

Mendes de Carvalho deixou a liderança da CASA-CE na sequência do pedido feito em carta pelos Partidos de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), Partido Pacífico Angolano (PPA) e Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA).

O líder do Grupo Parlamentar da CASA-CE, Alexandre Sebastião André, disse aos jornalistas que a coligação está cada vez mais forte, coesa e sólida, o que vai permitir cumprir com toda a tarefa política orientada superiormente.

"Não existe crise no seio da nossa coligação. O que aconteceu é apenas a substituição de André Mendes de Carvalho da liderança da coligação. O próprio aceitou a carta apresentada pelos partidos políticos para a sua demissão, e contamos com o seu apoio", referiu Alexandre Sebastião André, salientando que foram lançadas estratégias tendo em vista a realização das eleições gerais.

"A coesão no seio dos militantes e dos quadros vai ser permanente por forma a reforçar cada vez mais as suas estruturas de base e intermédias ", afirmou o líder do Grupo Parlamentar, salientando que o mandato do actual presidente vai até as eleições gerais de 2022.

Ao deixar a liderança da CASA-CE, na sexta-feira, 05, André Mendes de Carvalho, disse em conferência de imprensa que saiu com o sentimento de dever cumprido.

"Acho que naquilo que eu fui fazendo, embora algumas vezes incompreendido, tracei o caminho adequado para que a CASA-CE possa ter um bom resultado e preencher o espaço que vai da UNITA ao MPLA", afirmou.

Reconheceu que os partidos estão no seu direito de pedir o cargo à disposição, mas lamentou que os argumentos usados fossem "completamente falsos".

"E como sou presidente com base num convite que eles haviam feito, se eles hoje não estão satisfeitos, naturalmente que eu tenho de aceder e devolver-lhes a presidência", esclareceu "Miau".

Depois da destituição do presidente da coligação Abel Chivukuvku, em 2019, e a sua substituição por André Mendes de Carvalho, oito deputados independentes anunciaram a sua saída da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE).

O grupo parlamentar ficou dividido ao meio, sendo que, a segunda maior força política da oposição angolana elegeu 16 deputados nas últimas eleições.

Os deputados independentes, são: Lindo Bernardo Tito, Maria Vitória Chivukuvuku, Xavier Lubota, Odeth Ludovina Baca Joaquim, Leonel Gomes, Tiago Carlos Kandanda, Alberto Chungo Lumingo e Sampaio Mukanda, todos ex-membros independentes da CASA-CE.

A CASA-CE foi fundada em 2012 e é uma coligação de seis partidos políticos - Bloco Democrático (BD), Partido Pacífico Angolano (PPA), Partido Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola - Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e Partido Democrático Popular de Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA).