Ao Novo Jornal, o porta-voz da UNITA, Marcial Dachala, sublinhou que o recenseamento geral da população e habitação é a principal fonte de informações sobre educação, pobreza (...) e condições de vida da população.
O responsável do principal partido da oposição defende que o processo deve ser credível, tendo em vista a promoção e distribuição equitativa de bens e serviços pelas populações.
"Pedimos aos militantes e à população em geral para que recebam as brigadas de recenseamento. Com o recenseamento da população vamos ter uma base de dados para sabermos quantos somos no País", disse.
O secretário-geral do Bloco Democrático, Muata Sebastião, espera que a população forneça informações verdadeiras aos inquiridores do censo geral, para que os dados recolhidos permitam ao Governo definir políticas mais adequadas às necessidades reais da população.
"Os resultados do censo passado não foram visíveis no que diz respeito à distribuição equitativa de bens e serviços. A pobreza e a miséria são uma realidade no País. Esperamos que, com este censo, o quadro mude", disse Mauta Sebatião.
Na sua opinião, o censo da população deve representar um marco e uma viragem na história do País, porque representa uma ferramenta importante na administração e gestão da coisa pública.
O secretário da FNLA em Luanda, Xavier Gonçalves Bunga, apelou ao engajamento dos militantes, simpatizantes e amigos do partido no processo de mobilização para o êxito do censo geral da população e habitação, que tem início na madrugada do dia 19 de Setembro.
Refira-se que mais de 92 mil técnicos vão garantir, pela primeira vez de modo digital, o processo de recenseamento geral da população e habitação 2024.
Segundo dados do INE, a recolha dos dados será de forma digital, e, para o efeito, conta com 68.040 tabletes, dos quais 8.000 doados pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e 60.040 adquiridos pelo Estado angolano.
No primeiro censo geral da população e habitação, realizado em 2014, foi apurado um total de 25.789.024 habitantes, dos quais 63 por cento residiam na zona urbana e 37 por cento na área rural.
A população angolana, de acordo com os dados de 2014, é constituída, maioritariamente, por mulheres, 13.289.983, correspondente a 52 por cento do total, enquanto a masculina é de 12.499.041, representando 48 por cento.
A província de Luanda é a mais populosa, com 6.945.386 habitantes, representando mais de um quarto da população do país. Seguem-se as províncias da Huíla (2.497.422), Benguela (2.231.385) e Huambo (2.019.555).