Na reabilitação de um troço da estrada que liga Benguela ao Lubango, a EN-105, estão à vista adversidades que sustentam receios por excessos no modelo de adjudicação de obras de forma simplificada, muito em voga no mandato do Presidente João Lourenço, com sinais de corrupção e falta de transparência, indicam levantamentos de técnicos de departamentos adstritos ao Governo Provincial de Benguela.

Entregue sem concurso público, à semelhança das duas pontes inauguradas recentemente, a reabilitação da via Catengue/Cutembo, território de Benguela, encontra na presença do fiscal, a DAR, uma de várias afrontas à Lei dos Contratos Públicos.

Segundo fontes do Novo Jornal, basta lembrar que esta empresa falhou na fiscalização de obras na mesma estrada, há menos de 10 anos, tempo considerado curto para novas mexidas, com a Camargo Corrêa como empreiteiro.

"A legislação, grosso modo, diz que quem falha na fiscalização, como foi o caso, não deve merecer outra oportunidade num mesmo troço", indicam técnicos das direcções locais do Instituto de Estradas de Angola e do Gabinete de Infra-Estruturas, lembrando, unânimes, que também o empreiteiro actual, a empresa chinesa HCI, foi "escolhido mediante facilitismos".

Os técnicos dos departamentos em referência, que não puderam avançar o orçamento para a reabilitação dos mais de 100 quilómetros, salientam que o Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território não forneceu os contratos.

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