"A lista de candidatos a deputados não pode integrar personalidades com problemas na justiça. Havendo estas situações, os candidatos devem ser substituídos", disse ao Novo Jornal fonte do Tribunal Constitucional (TC).
Segundo a mesma fonte, o TC tem de divulgar até quinta-feira, 07, as listas finais, a fim de serem envidas à Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
Findo o período de rectificação das irregularidades, o TC passa a examinar as correcções sugeridas e a decidir pela admissão ou rejeição da candidatura antes de publicar a nova versão das listas de candidatos, dando 48 horas aos proponentes para possíveis reclamações.
Recentemente circularam nas redes sociais informações sque davam conta de que a lista de candidatos do MPLA a deputados tinha várias personalidades com problemas na justiça.
Segundo essas informações nas redes sociais, o actual deputado Virgilio Tyova é arguido num processo em que é alegadamente acusado de gestão danosa de fundos que deveriam favorecer a população afectada pela seca na província do Cunene, onde foi governador entre Setembro de 2018 e Janeiro de 2020.
Foi também mencionada Elizabeth Paihama, que está alegadamente envolvida num caso do extinto Banco Angolano de Negócios.
Refira-se que a lei eleitoral impõe um limite máximo de 355 candidatos a deputados à Assembleia Nacional para cada partido político ou coligação de partidos concorrentes às eleições gerais.
Desse total, os concorrentes devem apresentar 220 candidatos efectivos, sendo 130 pelo círculo nacional e cinco por cada um dos 18 círculos provinciais, para perfazer 90.
Os partidos concorrentes às eleições gerais de 24 de Agosto são: MPLA, UNITA, PRS, FNLA, APN, Partido Humanista (PH) e Partido Nacionalista da Justiça em Angola (P-NJango) e Convergência Ampla e Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE).