Segundo a embaixada, as empresas e os cidadãos chineses estão em Angola "para contribuir positivamente para o desenvolvimento económico e social do País e ajudar o fortalecimento da cooperação estratégica global China-Angola".

Conforme a diplomacia chinesa, apesar de existiram casos isolados suspeitos de actividades ilegais, os cidadãos e as empresas chineses em Angola respeitam rigorosamente as leis.

Em declarações ao Novo Jornal, a propósito das recentes detenções, em Luanda, de duas redes chinesas, uma que geria clandestinamente um casino online a partir de um hotel e outra que se dedicava ao tráfico de comunicações internacionais, o porta-voz da Embaixada da China em Angola, Xiog Wei, disse que o bom ambiente de segurança pública é necessário para todos os investidores e empresários.

"A Embaixada da China tem mantido a cooperação policial estreita e amigável com a parte angolana, apoiando-a explicitamente na manutenção da ordem social conforme a lei, na repressão das actividades ilegais, e em responsabilizar os que cometeram crimes", assegurou.

Entretanto, quase todos os meses, as autoridades policiais têm detido vários cidadãos chineses por diversos crimes.

Na terça-feira, 27, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) resgatou oito vietnamitas que eram exploradas sexualmente num estaleiro no Zango e deteve um chinês por tráfico de pessoas. As mulheres eram obrigadas a prostituir-se, mas envolvendo-se apenas com os seus compatriotas.

No dia seguinte, ou seja, a 28, o SIC deteve mais de 40 cidadãos chineses que geriam clandestinamente um casino online a partir de uma sala do Hotel Sun Shine, em Talatona, e burlaram dezenas de brasileiros.

Entretanto, no fim-de-semana, na zona do Benfica, em Talatona, o SIC desmantelou uma rede criminosa de cidadãos chineses que se dedicava ao tráfico de comunicações internacionais e que facturava por mês, de forma fraudulenta, mais de 400 mil dólares, lucros que deveriam ser das operadoras UNITEL ou Africell.