No mesmo documento, o MPLA, apela à melhoria e diversificação de conteúdos jornalísticos "que visem contribuir para o desenvolvimento educacional, cívico e cultural da população, sendo fundamental o papel dos jornalistas para o alcance deste pilar constitucionalmente consagrado em Angola".

Segundo o MPLA, neste ano, a efeméride é celebrada "num contexto em que decorre um amplo processo de consulta pública em torno do pacote legislativo da Comunicação Social angolana, visando a sua conformação ao contexto de transformações e exigências de âmbito social, político, económico e cultural, bem como estabelecer normas que ofereçam aos operadores da imprensa melhores condições para o exercício da profissão".

O MPLA exorta a todos os agentes activos e passivos a "pugnarem por actos que enalteçam o respeito pela dignidade humana, as instituições da República, a sã convivência, a harmonia, a paz e a reconciliação nacionais, assim como a promoção da pluralidade, transparência e combate à corrupção e todas as práticas nocivas à sociedade".

No documento, o partido do poder encoraja ainda a sociedade angolana no geral e a classe jornalística em particular a trabalharem unidos e de modo abnegado para o reforço das liberdades de imprensa e de expressão, como vectores para a consolidação do Estado Democrático de Direito.

Aos profissionais da comunicação social que, de forma "heroica e patriótica, se colocam na linha da frente no combate à pandemia da Covid-19", o MPLA encoraja a prosseguirem com o agendamento e divulgação de acções de prevenção e sensibilização que incentivem os cidadãos a acatarem todas as medidas de biossegurança decretadas pelas autoridades Angolanas no sentido de travar-se a propagação do vírus no nosso País.

No dia dedicado à liberdade de imprensa, o secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, Teixeira Cândido, afirmou, em Luanda, que Angola continua a ter uma legislação pouco "favorável à liberdade de imprensa". Já a presidente da Comissão da Carteira e Ética, Luísa Rogério, diz que depois da crescente abertura vivida pelos órgãos de comunicação angolanos a partir de 2017, com o fim do Governo de José Eduardo dos Santos, houve um retrocesso e a liberdade de imprensa em Angola tende "a piorar a um ritmo crescente e preocupante".