Agravamento dos preços da cesta básica em tempo de carência e enriquecimento de determinada franja são receios ouvidos nas reacções à entrada em vigor, no passado dia 15 de Junho, das novas regras para as importações, mas a realidade, longe de qualquer conjectura, mostra já "práticas desonestas" associadas a um dos maiores importadores do País, o Grupo Leonor Carrinho, na embalagem e empacotamento de produtos, dois segmentos industriais que o Governo pretende relançar, soube o Novo Jornal.

Detentor de um complexo industrial avaliado em 600 milhões de dólares norte-americanos, em Benguela, o Grupo Leonor Carrinho dá azo a críticas de observadores que sugerem uma entidade capaz de fiscalizar este processo de importação a granel (Big Bags) até pelo menos uma tonelada.

Da comuna da Canjala, a 75 quilómetros da cidade do Lobito, chega o grito de José Cabral Sande, empreendedor na área do agro-negócio, que avalia o Decreto Executivo como medida que visa dar guarida a uma determinada franja empresarial e lamenta a falta de uma estrutura fiscalizadora.

Sande quer saber se os operadores, com a empresa em referência incluída, têm capacidade para levar os produtos, empacotados e/ou embalados, a todos os contos de Angola.

"Mesmo a granel, a rede de distribuição, depois, vai ser a mesma", critica o produtor, também na área da piscicultura, pouco antes de ter alertado para um segmento que "vai triplicar os seus rendimentos". E diz não ter dúvidas de que, quando um saco de 25 quilos de arroz vem de fora, passando por vários mecanismos de controlo, são mesmo 25 quilos, também em Angola.

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