O pedido de autorização do Presidente da República, enquanto Comandante em Chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA) para o envio de um contingente militar da componente de operações de apoio e manutenção da paz na região leste da RDC passou com 178 votos do MPLA, da UNITA, PRS, FNLA e PHA, nenhum contra e nenhuma abstenção.
O Diploma visa assegurar o processo de acantonamento das forças militares do M23, no Leste da República Democrática do Congo.
O objectivo da missão angolana será o de adoptar o plano geral conjunto para a resolução da crise no Leste da RDC, acelerar a implementação efectiva do roteiro de Luanda, em coordenação com o processo de Nairobi, para a promoção da segurança na região Leste da RDC e a normalização das relações políticas e diplomáticas com a República do Ruanda.
O ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República de Angola, Francisco Furtado, afirmou que dos 11,2 mil milhões de kwanzas, verbas do Orçamento Geral do Estado de 2023, do sector de Defesa e Segurança, para custear a missão, 4 mil milhões já foram disponibilizados.
Reagindo às inquietações de vários deputados, Francisco Furtado disse que o contingente angolano não se vai envolver em outros tipos de operações militares.
"O contingente das Forças Armadas Angolanas só será de apoio à operação de manutenção da paz e asseguramento das áreas de acantonamento do M23 na RDC e é composto de um batalhão das Forças Armadas Angolanas e a respectiva componente técnica, militar e logística", esclareceu.
O deputado da UNITA, Alcides Sakala, lamentou que a diplomacia angolana envolvida nos esforços de paz há vários anos, nunca tenha tido sucesso na região dos Grandes Lagos.
"A diplomacia foi sempre incapaz de resolver a crise nos Grandes Lagos, porque Angola é vista como um problema e não como uma solução", argumentou.
O deputado do MPLA, Mário Pinto de Andrade, destacou que a comunidade internacional tem vindo nos últimos tempos a elogiar o papel do Presidente João Lourenço na resolução de conflitos na Região dos Grandes Lagos.
"Partilhamos uma longa fronteira com a RDC. Angola tem de ajudar o povo irmão deste País", disse, defendo que África precisa de acabar com os conflitos para haver boa integração entre os países.