Contas feitas pelo Novo Jornal, serão cerca de 33,6 milhões de dólares norte americanos para a aquisição de vacinas, o que significa que cada dose custará cerca de 9 USD, valor muito diferente dos 16,6 USD a que o Estado terá comprado a Sputnik V, quando, em Março, o Chefe de Estado autorizou um ajuste directo no valor de 111 milhões de dólares para a compra de seis milhões de doses da vacina russa para imunizar trabalhadores de saúde, pessoal dos serviços sociais, idosos de lares, professores, pessoal de segurança pública, incluindo bombeiros e militares, bem como outros grupos muito expostos ao SARS-CoV-2.
Estes 4,2 milhões de vacinas, cuja marca não é avançada no decreto presidencial, juntam-se às mais de 600 mil doses da AstraZeneca/Oxford, ao abrigo da iniciativa Covax, às 200 mil da Sinopharm, oferecidas pela China, e aos 6,1 milhões de doses da Sputnik V, vacina com a qual o próprio Presidente foi vacinado no dia 13 deste mês, no centro de vacinação Paz Flor, em Luanda.
João Lourenço, que foi vacinado em conjunto com a primeira-dama, Ana Dias Lourenço, deixou claro, na altura, que Angola não vai poder contar apenas com as vacinas oferecidas, antecipando mais compras, "independentemente da marca", sob a ideia de que o que importa é vacinar o maior número possível de pessoas.
Até porque o número de infectados no país não tem parado de subir nos últimos dois meses.
Esta quarta-feira, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, anunciou mais 389 novos casos e 11 mortes por covid-19, nas últimas horas, alertando para a escalada de casos, " que vêm subindo vertiginosamente", e pedindo à população para "rever o comportamento no que toca ao cumprimento das medidas de prevenção à covid-19".