Durante um encontro, esta segunda-feira, 18, com os deputados da segunda comissão especializada da Assembleia Nacional, que trata dos assuntos da Defesa e Segurança, o secretário-geral da instituição, Vicente Júnior, defendeu a melhoria das condições de vida dos seus associados, através da implementação de projectos de integração e inclusão social a serem inseridos no OGE2025.

"Com o projecto Vida Nova prevemos beneficiar cerca de 1.200 famílias das diversas associações que compõem a nossa instituição, nos domínios da agricultura, pesca, comércio, habitação, educação e saúde, nas províncias do Bengo, Luanda, Uíge, Cunene, Moxico, Lunda Sul, Malanje e Kuanza Norte, numa primeira fase", informou.

Ainda neste encontro, a secretária-geral das Viúvas e Órfãos de Guerra, Natividade Henda Paulo, lamentou que até ao momento o Executivo ainda não tenha encontrado soluções para resolver os problemas da instituição.

"Pedimos a intervenção do Estado para podermos beneficiar de créditos agrícolas, para fomentar a agricultura familiar, pequenos negócios, de forma individual ou em cooperativas agrícolas", referiu.

Já a Associação dos Antigos Combatentes das Ex-FAPLA (ASCOFA) considera que o Executivo não dignifica estes combatentes, que ao longo do conflito armado deram o seu contributo para a paz em Angola.

"Não temos recebido o orçamento que nos é destinado, por essa razão a nossa acção junto dos associados é nula", disse o seu secretário-geral, Caetano Marcolino.

Já o secretário-geral do Fórum dos Combatentes da Batalha do Cuito Cuanavale (FOCOBACK), Espírito Santo José Malanga, saúda o programa de combate à fome e à pobreza que consta do Orçamento Geral do Estado para 2025, mas sublinha que deve ser inclusivo, com programas que vão ao encontro das necessidades dos antigos combatentes.

"Para termos sucesso nesses programas as nossas associações devem ser unidades orçamentadas pelo Estado, porque nos moldes actuais dificilmente conseguiremos alcançar os nossos objectivos", recomendou José Malanga.

Refira-se que o Executivo angolano ajustou no mês de Julho deste ano as pensões atribuídas em regime especial aos antigos combatentes e deficientes de guerra, bem como aos familiares de combatentes tombados em combate ou perecidos, face a actualização salarial da função pública.

Cuidadores de deficientes de guerra passaram a ter o direito a uma remuneração mensal de 56,6 mil Kwanzas.

Os deficientes de guerra estão divididos por quatro grupos, com a pensão a oscilar entre os 49.874.000 Kwanzas (Grupo IV) e os 57.000 Kwanzas (Grupo I).

Os órfãos e as viúvas dos antigos combatentes tombados passam a auferir mensalmente uma pensão no valor de 47.000 Kwanzas.

Dados oficias indicam que mais de 66.396 antigos combatentes e veteranos da pátria foram confirmados como resultado do recadrastamento periódico a que são submetidos os candidatos de todo o País.