Os quatro mortos em consequência do desabamento do cimento em estado sólido eram, segundo fonte da empresa contactada pela Novo Jornal, funcionários de uma empresa de manutenção, a Mukosso, que procediam à retirada do cimento encrostado na parede da estrutura.

Estes quatro funcionários ficaram soterrados em toneladas de cimento "duro" que desabou sobre eles, alegadamente porque os procedimentos de segurança não foram integralmente tidos em consideração, disse a mesma fonte.

Ainda segunda esta fonte, explicando de forma simples, o que se passou foi que a referida operação de manutenção deveria ter sido executada do topo do silo para a base e esse procedimento de segurança não terá sido integralmente cumprido, o que proporcionou a que as vítimas fossem apanhadas sem possibilidade de fuga pelo desabamento de cimento que permanecia na estrutura.

O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB) explicou que o acidente ocorreu na tarde de sexta-feira, perto das 15:00.

O porta-voz do SNPCB de Luanda, Faustino Minguês, disse à imprensa que as operações de socorro e de resgate dos corpos começaram ainda na tarde de sexta-feira, tendo sido resgatados dois corpos pouco depois, permanecendo duas vítimas por retirar dos escombros gerados pelo desabamento do silo de cimento. Os corpos destas duas últimas vítimas foram retirados já hoje, Domingo, 19.

Vários familiares das vítimas estavam à espera de notícias junto ao local do acidente.

A administração da Cimangola ainda não se pronunciou sobre este acidente que tirou a vida a quatro trabalhadores.

O porta-voz do SNPCB explicou que a demora na conclusão das operações de socorro deveu-se à complexidade dos procedimentos, nomeadamente a exiguidade do espaço no interior do silo.