O especialista da Clínica Sagrada Esperança, de Luanda, integra a lista de palestrantes do 10.º Congresso Português de Hipertensão, que arranca hoje, às 18 horas locais (19h de Angola) e se prolonga até ao próximo domingo, 28.
Segundo adianta a organização, o médico angolano apresentará alguns dos dados existentes sobre a hipertensão no nosso país, incluídos no trabalho “Factores determinantes para o controle da hipertensão arterial – Experiência em Angola”.
Já em território nacional, a transmissão do Congresso, em tempo real e via online, vai decorrer para uma plateia de 90 especialistas, num circuito restrito a três instituições: Hospital Militar Principal de Luanda, Hospital Central de Benguela e Hospital Central do Huambo.
“Toda esta interacção faz parte do Projecto Lusofonia da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH)”, explica Mesquita Bastos, presidente da SPH, em declarações à edição online do Novo Jornal. Recuando à origem deste intercâmbio, lançado no ano passado, o responsável destaca que a plataforma lusófona permite aos médicos dos diferentes países com expressão em língua portuguesa “colaborarem e discutirem questões no âmbito da hipertensão arterial e do risco cardiovascular global”.
A possibilidade atrai cada vez maior interesse, congratula-se o responsável da SPH, sublinhando a evolução verificada em apenas um ano. “A Angola, Moçambique e Brasil, que aderiram ao projecto no ano passado, junta-se agora Cabo Verde. Além de mais um país, o 10.º Congresso da SPH vai chegar a mais cidades lusófonas”.
O “destino” final é a transformação do encontro “num momento de partilha científica e de experiência clínica entre profissionais dos diversos países que abraçam o português como sua língua materna”, reforça Mesquita Bastos, adiantando que “o aprofundamento desta relação de cooperação é algo que se pretende atingir e que se encontra em discussão”.
No exame de prioridades sobressaem os cuidados com a hipertensão arterial, “uma das doenças com maior peso e incidência nos países africanos”, lembra o presidente da SPH, destacando os principais alvos do combate.
“O intuito é aprofundar os laços de cooperação, em particular na área da prevenção primária e do diagnóstico precoce do sujeito com risco cardiovascular acrescido, portador de patologias como a hipertensão, a diabetes, as dislipidemias, a doença renal crónica, e sofredor das suas consequências. Nomeadamente o enfarte agudo do miocárdio, o acidente vascular cerebral e a insuficiência cardíaca”.