Ao Novo Jornal, a directora do museu, Maria Helena Benjamim, afirmou que quando chove a água infiltra-se no tecto, havendo o risco de as peças se degradarem e o acervo da instituição ser perdido para sempre.
"Há mais de uma década que as instalações não beneficiam de obras de reabilitação", acrescentou, informando que o museu foi classificado como monumento histórico-cultural em 1981.
Maria Helena Benjamim explicou que das 66 estações arqueológicas existentes no País, 47 estão localizadas na província de Benguela.
"O departamento de pesquisa é o responsável pelo trabalho de campo e de laboratório, bem como do estudo tipológico dos artefactos recolhidos durante as escavações arqueológicas", esclareceu, salientando que são necessários especialistas para continuarem a fazer os estudos.
Antes da pandemia de covid-19, de acordo com a responsável, o museu recebia mensalmente mais de 500 visitas, na sua maioria estudantes, mas actualmente o número não passa de 30 pessoas por mês.
Maria Helena Benjamim informou que o departamento de pesquisa é responsável pelo trabalho de campo e de laboratório, bem como do estudo tipológico de artefactos recolhidos durante as escavações arqueológicas.
O Museu Nacional de Arqueologia de Benguela funciona num antigo armazém de escravos, conhecido também como Alfândega de Benguela, e está directamente ligado à história da cidade.
Foi erguido nos finais do século XVII e a sua construção terminou no início do século XVIII. O local, onde os escravos eram depositados temporariamente antes de serem levados para a América, ocupa um perímetro de oito mil metros quadrados e foi construído de blocos de pedra calcária, possuindo portões e gradeamentos de ferro maciço.
Depois do fim do tráfico de escravos, o edifício passou a pertencer à Alfândega de Angola. Em 1976, foi neste mesmo edifício criado o Museu Nacional de Arqueologia.
O Museu está localizado junto à praia Morena, na cidade de Benguela.
.